Relatos
30 dias e vivi uma década.
Neste mês, vivi mais que em outros tempos...
Muita coisa mudou.
Muita coisa mudei.
Dentre as experiências,
Rebirth.
E sou grata.
Hoje, contemplando os prédios da avenida,
pude sorrir, vendo as outras pessoas.
Eu escolhi estar aqui.
Eu decidi estar aqui.
Uma ponta de vaidade surgiu em mim,
por estar onde quero e pelo sucesso.
No começo do mês eu me apaixonei duas vezes.
Uma pelo outro, outra por mim.
Já havia me sentido assim, é claro.
Mais de uma vez, até.
Mas é sempre, é sempre diferente e melhor agora.
E quero me sentir assim de novo e mais vezes.
E quero me sentir assim sempre.
Quero ter vontade de rir na rua a ponto de ter que disfarçar o riso solto quando alguém caminhar na minha direção...
quero me sentir leve, flutuando em algodão,
ao dar minhas passadas de encontro ao amado..
quero me sentir linda, feromonizada, pupilas dilatadas...
quero que todo o meu corpo fale em voz alta,
porque minha boca,
minha boca apenas vai murmurar no ouvido dele...
e o tempo irá parar de novo.
Ao me apaixonar pelo outro,
eu me apaixonei por mim mesma de novo.
E foi bom!
Fazia tempo que não me sentia assim, muito tempo.
Eu me senti forte.
Eu me senti leve.
Eu me senti livre.
Eu me senti linda.
Eu me senti melhor.
Eu me senti mulher.
É bom saber disso.
É bom crer nisso.
É bom acordar bem.
De bem.
Mas – e tinha de haver um mas? – e se durar pouco... se durar nada perto da minha sede... se durar um intervalo de tempo entre a dúvida, a certeza, a dúvida de novo e a certeza de novo?
Vou restar forte, quedar-me de pé, mas querendo ser fluida, querendo ser lágrima, querendo ser gozo, querendo perdurar essa sensação.
birth - rebirth - a vida que tive - a vida que tenho - a vida que quero
a vida
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